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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

De Repente... 30!

Sabe aqueles dias em que você se encontra como que se estivesse desligado do mundo? Digo, quando todas as pessoas ao redor estão conversando sobre um acontecimento importante do qual você não possui ciência alguma; ou quando houve uma festa há tanto esperada, e que você não foi? Um feriado prolongado, férias coletivas, e você ali, o único ser existente no momento que não está fazendo o que realmente quer fazer! Enfim, é isso. Sinto-me deslocado, desalinhado, assistindo a um grande show - pela TV...
E não é que todo carnaval tem mesmo seu fim? Não obstante, às vezes tal fato não é de todo ruim - às vezes não há nada de ruim nisso. Feito uma grande vitória de seu maior rival, algo que você deseja tanto que termine logo. O melhor seria que sequer tal existisse, não é!... Ainda assim, está tudo lá: as glórias alheias, o sucesso, os risos; todo o aprazimento que teima em se desviar de nosso caminho. Você se sente velho, cansado, sem-graça, de braços atados, sufocado - mas de olhos e ouvidos plenamente atentos. E você pragueja. E logo em seguida, culpa-se de tal ação ou revolta. E se diminui... Sei que você sabe muito bem disso, afinal.
Pois bem, você aí, sentado sobre a própria angústia... A você digo eu, numa palavra, “bem-vindo ao clube”, eh eh eh!
E o fim, tão somente, às vezes não é ruim - desde que não seja o nosso fim! Um pequeno traço vil em nossa personalidade, um quê de frustração, impotência, preterimento. É assim que nos sentimos quando não plenos... E já que da plenitude e da perfeição não podemos exigir mais do que um átimo de suas presenças, tal condição nos torna habitual. Ora, mas que lástima é essa?... É a vida em sua face mais crua, afirmo! Queremos ser grandes, desejamos concluir sonhos e objetivos, clamamos por atenção e aplausos, e por vezes não aceitamos que isso nos seja negado - e concedido a outrem, digamos, de menor valor. Valores? Não, eu confesso - trata-se apenas de vaidade, orgulho. Mas somos o que somos, e essa afirmação não é meu objeto de incômodo. O que torna meu tempo lancinante, o que punge minha existência é o próprio tempo; a condição de instabilidade de tudo aquilo que ainda preciso realizar, viver.
No entanto, passam-se os dias, vai-se a noite, esvaem-se os prazeres, finda-se o feriado, morrem-se os heróis, destitui-se a beleza, vulgarizam-se os desejos, inutiliza-se a vontade - no fim, tudo tem seu fim. Até o carnaval, até o carnaval! E nessa hora, não importa o que você fez ou deixou de fazer, sobrarão apenas lembranças - saudosas ou torturantes. E a isso resumir-se-á nossa história: memórias. E através delas escrevo parágrafos, miro o horizonte, construo a vida. E tudo isso para que, no futuro, obtenha inúmeras outras memórias... E o crucial dilema da morte, o deixar de existir é assim constantemente combatido por essas lembranças - e pela almejada habilidade em deixá-las cravadas nos corações da humanidade.
Ao escrever, sinto-me vitorioso; vem a mim a sensação de vencer o tempo, ou melhor, numa palavra, prolongar o meu prazo de validade. Ao expor em palavras, sei que tais pensamentos não se perderão tão facilmente - tal qual num discurso vazio. Ainda que dure um ínfimo instante, tal raro e por demais procurado momento de plenitude e perfeição. Não importa! Um momento como esse pode representar uma vida... Minha vida por uma memória!
Não obstante, alguém passa perto de mim, e com um tapinha nas costas me diz: “feliz aniversário, meu chapa”!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Brilho De Manhã (segunda parte)

Essa noite ela resolveu sair. Por aí, nada demais, nenhum plano. Apenas se cansara de ver todas as noites se acabarem da mesma forma - cedo, um sentimento permanente de atraso, uma tela de computador ligada - e saíra. Apesar dos inúmeros e insistentes convites de amigas e colegas de trabalho para tal, não possuía alguém em mente, sequer algum lugar. Sentar-se, beber algo, comer algo, ver pessoas - desconhecidas de preferência. O que fazer, ela ainda não o sabia. E por mais casual que fosse, ainda assim, gastara mais de duas horas, distribuídas entre arrumar-se e criar coragem. Seguir em frente, deixar-se levar por impulsos; talvez aquilo fosse bom para ela. Ela não desistiria. Estava pronta. Pegara as chaves do carro, decidida, sozinha... E assim saíra mesmo de casa. E o que era para ser um simples café, para ela transformar-se-ia numa noite de gala.
Apesar da ocasião - era uma sexta-feira - a cidade não se aparentava tão cheia assim, sufocante, angustiante. “Ótimo!”, ela pensava. Detestava tumultos, badalações, multidões. Um Café Bar era o que veio primeiramente em seus pensamentos. “Parar o carro, pedir algo, sentar-se... Ir para casa.”, na verdade ela ainda estava com medo; talvez não medo, mas tão somente uma incerteza. Não era habitual de sua parte semelhante comportamento, portanto era de se esperar aquela sensação, tal estranheza, insegurança. A noite parecia tão grande e desconhecida para ela... “Tudo bem, tudo bem, eu consigo...”, ela reunia forças. Encontrara uma vaga para estacionar. Respirou fundo, dois leves últimos olhares no espelho retrovisor interno, e logo depois todos que porventura passassem por ali puderam ouvir o som costumeiro do alarme automotivo. Ela estava lá, na rua, noturna, luzidia, inebriante, enigmática.
Ela se sentou frente a uma mesinha primeiro, depois pediu algo. O atendente a olhava timidamente, dizendo o mínimo necessário. Nem cinco minutos e pronto, a bebida já estava lá. “E agora, o que fazer?”, ela aparentava desdém, mas havia apenas inquietação. A maioria dos olhares se voltava para ela, e os seus donos se mordiam por improvisarem uma aproximação. Porém, não seria um mero ser ordinário capaz de tal feito - ela exalava altivez, ainda que de forma reflexa -, sua beleza espantava qualquer espécie de figurante. Tão somente um príncipe encantado - o seu príncipe encantado! - seria audacioso o suficiente para lhe dirigir a palavra (de preferência que o fizesse com um sapatinho de cristal em mãos, eh eh eh!)... Não obstante, logo, logo algo aconteceria.
Quando ela estava com fome e impaciência suficientes para ficar ali, sentada e parada, acenou para o mesmo atendente. Decidiu pedir uma torta de frango, mas na verdade ela desejava dizer e ouvir palavras, ainda que estas fossem oriundas de um simples pedido num Café Bar.
- Pois não, senhora, pois não...
- Eu não estou vendo algum acompanhante em minha mesa, você está? - deus, como ela sabia ser irônica!
- Perdão, senhorita, perdão! - o simples funcionário transpirava, tremia, mas no fundo se sentiu um pouco aliviado com a resposta dela; afinal, por mais improvável que fosse, ainda assim, ela, sozinha... Poderia haver alguma possibilidade.
Ah, mas o pobre e reles atendente ainda não aprendera que, em vidas desinteressantes como as nossas, nunca, nunca tal possibilidade haveria de existir, sob nenhuma hipótese ou circunstância!
- Tudo bem! Eu só quis descontraí-lo, nada mais... - e isso era uma verdade. O seu sarcasmo não passava de outro ato reflexo.
- Como queira. Com licença. - ah, mas a labuta realmente não é uma coisa sagrada e primordial? Pronto, aquele rapazinho já era...
Ela não conseguiu ficar lá dentro por mais tempo. Assim que voltaram com seu pedido, não demorara mais do que outros cinco minutos para se levantar já com a conta paga. Saiu de lá, menos insegura e mais esmorecida, deixando aos demais a idêntica impressão com que entrara, de sua superioridade física e emocional. “Soberba!”, pensavam todos - mas isso se tratava unicamente de autodefesa, de um sentimento de impotência, de apatia de sua parte. E assim, ela retornou decidida ao seu carro.
A poucos passos de seu destino próximo, já em mente com a escolha de voltar para casa, para seu refúgio, ela, quando menos esperava, feito chuva repentina, folga de última hora, provara do sabor do acaso. Desajeitada como sempre fora, ela havia deixado as chaves escaparem de sua bolsa entreaberta. E antes de se abaixar para pegá-las de volta, ela se esbarrou em um corpo estranho. Alguém se prontificara com cavalheirismo - algo tão raro hoje em dia! - e, em segundos, com as chaves em mãos, antecipara-se a apresentação.
- Aqui estão, suas chaves!... Espera, pois, acho que lhe vejo em alguma marcante memória minha... - suas palavras não condiziam com a própria imagem: cabelos desgrenhados, magro, estatura mediana; um qualquer de traços tímidos que, antes de mais nada, sabia muito bem de sua eloqüência.
- Obrigada, muito obrigada, mas eu não sei de quem se trata, senhor...
Nomes para cá, ofícios para lá - ela reconhecera naquele homem a imagem de um antigo conhecido em épocas colegiais. Surpresas, sorrisos, leves exaltações...
- Mas por que você está por aí, assim, sozinha? E já tão cedo, para casa? Posso oferecer-lhe um simples passeio? A pracinha, as vitrines, lembro-me de que gostava disso... - de fato, a sua memória não lhe era faltosa.
E então ela mudara seus planos, permitira-se ao tal acaso. Afinal, não era isso mesmo que ela queria? Um imprevisto, uma novidade, algo que escapasse de suas condições - mesmo ela sabendo que nada, nada contentá-la-ia plenamente. Porém naquela noite ela prometera a si mesma portar-se diferente, desigual a tudo aquilo que costumara ser durante meses, anos. E aquele tempo todo havia a consumido tanto... Toda aquela espera, intrínseca sensação de que o mundo estivesse à espreita do fim de sua existência.
Ela não se lembrara de como nem por que, mas quando se deparou consigo, naquele momento, após dobrar a primeira esquina, já andava de mãos entrelaçadas. Não queria saber mais de prestar atenção nas palavras que saíam da boca de sua súbita companhia; ela olhava apenas para o formato duplo da sombra que se exibia perante as luzes ao redor - postes, vitrines, faróis, alentos... E num átimo, tão somente num ínfimo instante, ela obtivera o que desejara. E antes que o rapaz ao lado pudesse usufruir o que ansiava desde o seu primeiro passo, ela, zombeteira, recuara - ela sempre fizera isso... Simplesmente virara o rosto e, esquivando-se, retomara o seu plano inicial de regresso.
- Já é tarde. Amanhã acordarei cedo. Fique por aqui, não há motivos para me acompanhar de volta. E obrigada pela diligência... - e assim, ela se desfez daquele outro. - Até mais!
Aquilo era uma fantasia e ele sabia disso. No entanto, sabia também do seu lugar, da sua falta de direitos em a reclamar para si. Pois ela era um deslumbre, e ele compreendia a necessidade dela de continuar sendo tal. “Afinal”, ele pensava, “se ela se entregasse assim, trivialmente, para onde iria todo o seu nobre orgulho?” - uma verdade, ainda que indesejável. Não obstante, o simples ato de alcançar os seus passos, por menor que se mostrasse o tempo concedido, valera já por uma noite toda - aquilo possuía o poder de significar uma vida toda! Portanto não havia como queixar-se de tal ensejo. Era ela quem escolhia... E ele não passava da suposição de um possível acontecimento. E aí, aí havia algo de espetacular, nobreza de sua parte em não se agarrar a um lance - que vem e vai, feito brisa do mar, último dia de férias.
“Faz mal não, moça, faz mal não! Eu sou obscuridade, tu és manhã!...”
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Em instantes ela chega a sua casa. Abre o portão, tira os saltos, vai até a geladeira, olha-se no espelho. Dessa vez uma pequena insolência define os seus pensamentos - e não a habitual melancolia. Por um momento ela se sente soberba, elevada - acima de toda a sua insegurança e queixumes. Ela se vê límpida, evidente, inteira. O negrume advindo da debutante madrugada, que impregna os sentimentos de todos os solitários e necessariamente amantes, é tolhido por sua altivez. Ainda que por um momento apenas. Ela se encontra próspera.
Mas, não obstante, falta-lhe a coragem. Talvez não em agir, ao menos não nessa noite, mas tão somente em consentir - na admissão da superioridade de sua busca e da complexidade de seus anseios. Ela vê as possibilidades e as refuta, como um infante que atira a sua comida ao chão. E sorri para si. Ainda que no dia seguinte ela saiba que irá prantear-se... No fundo, ela ostenta dúvidas perante o seu querer - e não dá o braço a torcer! Ela ergue o queixo e se dirige ao seu quarto. Ela dorme segura, indiferente aos sonhos alheios.
E o que ela não sabe consiste no dilema emergente de sua própria condição: ela nascera para a exuberância, não para a simplicidade. Ela é o centro, as redondezas somos nós, homens infelizes. A noite se esvai e ela continua sem alguém por perto - alguém à altura. Ela dorme sem um pingo sequer de lágrimas dessa vez; tais se restringem a verter em nossas faces. Ela dorme consciente apenas de sua harmonia. Imperiosa, intangível, lume de nossos alentos. Longínqua, copiosa - benquista figura, mesto destino, tal qual vã esperança -, a nós laboriosa. Desconhecedora de seu tempo, ação e lugar. Predestinada, salvadora, etérea. De ponteiros contados... Feito brilho de manhã.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Brilho De Manhã (primeira parte)

Ela acorda todo dia com a sensação de que ainda lhe faltam algumas horas de sono. Na maioria deles, acorda cedo. Muito cedo. Vaidosa antes de qualquer coisa, precisa de uma hora ou mais para se arrumar: cabelo, roupas, adereços - tudo muito bem escolhido, de uma forma que só ela sabe fazer. Olha-se no espelho duas ou dez vezes. Atrasa-se. Engana o estômago com algumas migalhas e sai de casa.
Ela diz que não é bonita ou atraente, mas assim que põe o salto para fora de casa é notada de imediato. Ela possui uma beleza que, mais do que simplesmente atração, desperta um sentimento de zelo, proteção. Quem a vê, deseja-a - e não só para uma noite, ainda que isso pudesse ser considerado um grande deleite; mais do que isso, a vontade despertada é de querer mais, de tomar parte -, assim, diga-se de passagem, num arrebatamento inconsciente. Ela possui todo aquele charme que tão somente é possível de ser percebido pelo sexo oposto e, de forma apraz, sempre a prima impressão que se estabelece é fitada continuamente ao longo de quem cruza o seu caminho. Basta ela ceder um olhar e, é bem verdade, corpos inclinar-se-ão. Mas, não obstante, como toda boa dose de insegurança, ela não crê em seu próprio poder, e feito num autêntico conto de fadas ela vive a esperar certa fantasia principiar-se - do nada, que seja!... Isso não lhe importava muito.
Situada nos dias de hoje, não em tempos remotos nos quais uma mulher como tal jamais portar-se-ia dessa maneira, ela trabalha - e muito até! Dois ofícios, duas cidades, horas e horas de condução, visitas e escritório. Alguém importante, de responsabilidades e competências, alguém que se tolhe do direito de cultivar ociosidades - conquanto cultivadas!... Em conseqüência, durante todo o dia ela só possui tempo para suas obrigações. E as fantasias, os anseios, “ah, estes que esperem o seu devido momento!”...
Chega o fim do dia e ela se sente mais cansada do que todos os demais seres do mundo, como jamais esteve antes. Abre o portão de casa, deixa todos os seus pertences espalhados pelos cômodos, liga a televisão, o computador, livra-se dos saltos e prepara sua refeição - nada saudável, apenas algo que lhe satisfaça os sentidos. À medida que o dia se finda, ela vai se tornando melancólica e comum. Pensa o quanto ela deseja trocar tudo que possui por alguém - um alguém para se entregar. Alguém que a elogie, que nunca levante a voz em sua presença, e principalmente que sempre diga as palavras que ela queira ouvir a cada hora, a cada instante. E isso, claro, sem que ela dê qualquer tipo de vestígio ou sinal. “Ainda assim tão simples...”, ela pensa, “Por que é realmente tão difícil?”. E mais uma vez ela diz para si mesma: “Vai ver é a minha falta de atrativos, de coisas interessantes para se mostrar...”.
Não obstante, as horas passam. Duas, quatro, e já é bem noite. E o desespero volta à tona - logo o amanhã baterá à porta! Ela corre para se arrumar, faz de tudo para dormir um pouco mais, com a mesma sensação de sempre: o atraso. E sua mente se livra num átimo de todas as demais angústias - suas três décadas não parecem ser tanto tempo assim...
Mas os dias caem feito folhinhas de um calendário, e ela somente percebe tal movimento quando não consegue mais encontrar certos objetos ou documentos dentre as coisas que deixa acumular nos lugares incorretos. “E a casa já precisa de uma organização urgente!”, pensa consigo mesma. Porém tudo é adiado como sempre... Na verdade, o que ela precisa, o que ela busca não se trata disso. E assim ela sente o próprio vazio. Justo ela, tão bela, tão desperdiçada! Contudo a única coisa de que ela realmente necessita, o primeiro passo, ela resiste em efetuar. E mesmo sorrindo, ela verte lágrimas por dentro.
Outro dia, os mesmos sono e compromisso atrasados. Outra vez ela se levanta sem tempo e coragem para pensar em seus principais problemas - amor, solidão; alguém que valha mesmo a pena e que insiste tanto em não aparecer! -, adiando como sempre aquilo que ela não suporta mais esperar. Ela se permite apenas ao trabalho, estudos, compras, guloseimas, algumas futilidades. E o porquê disso tudo ela não consegue compreender; ou talvez ela simplesmente não queira admitir tal coisa. Vai ver a família, os bons costumes e a moral andam estorvando todas as suas forças - e assim, as suas vontades vão ao encontro da negligência. Outra noite, outro adiar... E sentada, sozinha em frente à tela, ela chora, chora e dorme.
Mas o que ela não sabe é que o motivo de sua procura e anseios serem intangíveis reside em sua própria descrença. Ela sonha tanto, e tanto espera - e ao mesmo tempo diz desejar apenas o simples; e ela acredita em tal dizer, eh eh eh! -, que nada ao redor se torna casto o suficiente para lhe despertar a atenção. Ela se ilude tão facilmente, e no fim é capaz apenas de transformar em lamentos as suas frustrações. Ela escreve tudo aquilo que sente, que almeja - para no momento seguinte jogar tudo fora. Ela abre os olhos para os seus filmes e atores prediletos, e abandona aqueles tantos que lhe pedem tão somente um ensejo, um acaso para lhe mostrar o quanto da diversão ela teima em perder. Mas ela quer apenas isto: um filme, um amor que lhe faça chorar!...
... E eu padeço em lhe perguntar: ora, mas para quê tanto choro?!