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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um Novo Começo

  Sim. Trata-se disto. É bem verdade que se faz por irrealizável o completo apagar de nossos atos, indiferentes sejam suas origens e razões. As consequências produzidas são igualmente do mesmo modo - inadiáveis e inevitáveis. Pois bem, senhores, pois bem! Não somos feito máquinas, aptas a reparos e formatações - e aí, havei de concordar todos vós, aí reside algo crucial e incomparável, algo que define a existência humana: a nossa memória. Ora!, vede bem, senhores, como se comportariam todas as evoluções sem essa capacidade das recordações? Mas, não obstante, a ideia não é essa... Tal vai além.
  Ainda que a história ostente o ofício de nos colocar em nossos devidos lugares, novos rumos são necessários. Os erros, os fracassos, as frustrações, tudo leva a um recomeço. Não haveríamos de suportar nossa própria condição se tal ensejo nos fosse vetado, se não houvesse uma alternativa ou uma saída qualquer. Tratar-se-ia de um imenso pesar a total ausência de uma segunda chance - um amanhecer e um novo dia -, uma nova luz em nossas vidas.
  Uma segunda chance... (Todos merecem uma segunda chance. Pensai bem nisso, senhores, pensai muito bem nisso!)
  Portanto, senhores, e um certo alguém em particular - alguém que, ainda que não confie na própria arte de mediar meus passos, meus fins e propósitos, determina, mesmo que de forma casual, minhas escolhas, meus pensamentos e minhas ilusões - cuja intenção desconheço neste momento, e que muito provavelmente também não a saiba, o que peço, melhor dizendo, o que imploro é justamente por essa outra via. Ainda que seja, quiçá, a terceira ou a quarta... Mas, não obstante, a minha redenção! E um novo começo, um novo começo é de que necessito agora.
  Pois bem. Este é o meu pensamento essencial: o direito de errar, o direito de aprender e viver. Isto, senhores, as falhas, as quedas e os temores, isto nunca será maior que nossa natureza - maior que tudo aquilo que buscamos, senhores, maior que o caminho que compomos, senhores... Jamais, jamais! E isso, apenas isso, basta, basta!... Desse direito que reclamo se faz o amor pela humanidade, pela singular existência e por toda e qualquer espécie de vida. E é aqui que assento os pilares de meu reinício, de minha salvação, meus senhores... (Sim, minha senhora, sim...) Ah!, como é tudo tão belo!...
  Doravante, novos atos, novos dias - ainda que o resquício de minha estultícia continue a me condenar perante tais olhares alheios.
  Senhores, meus caríssimos senhores - senhora minha, oh!, tu também... -, permiti este meu novo começo!

3 comentários:

Natália disse...

Angeloo ;)
Seus textos estão cada vez melhores.
Espero mesmo, do fundo meu coração, que esse seu novo começo não demore pra acontecer e tenho certeza que não vai demorar! ;)
Torço mto por vc amigo ;)
Todo o sucesso e que vc alcance seus objetivos ^^

Beijos ;*

Dulce Johann disse...

Ângelo! É muito bom perceber sua reação, seu novo agir e sua maneira de ver que falhas ou fracassos devem ser vistos como experiências para nosso amadurecimento - crescimento. Não desistir nunca diante das dificuldades. Viver a vida em termos de continuidade - evoluir sempre. Aqui é nossa Escola, há muito que aprender, trabalhar, folgas e férias são pequenas; "não há muito tempo para regalias". Mas é possível ser feliz, posso te afirmar.
Gosto de ler seus textos, suas reflexões e torço muito para você encontrar sua força interna, seu reino de Luz. Não esqueça nunca que você é uma grande alma. Assuma sua verdadeira identidade. E de resto a famosa frase do seu avô: toca a mula pra frente!
Ângelo, Deus e meu carinho te abençoam!
Dulce.

£an disse...

Não, não somos máquinas, e nossa sensibilidade para reconhecer e consertar os erros talvez seja uma prova disso. Qual máquina pediria perdão? Qual máquina amadureceria com o tempo? Qual delas reconheceria as próprias fraquezas, e punha de lado o orgulho para tentar de novo? Não, não somos máquinas.
Esse novo começo é mais que bem vindo, e tem tudo para acrescentar-lhe ainda mais!

Que tudo corra para isso!

Abração, meu amigo!